De 18 a 22/11, das 15h às 20h ocorreu a intervenção do artista Luiz Abegg, de título Performance-Proto-Instalaç ão I.
Sobre a proposta, texto da intervenção segundo o próprio artista:
O giz vermelho.
Um ambiente e uma situação. Considero que antes de qualquer coisa, todo o objeto ou ação artística é fundamentalmente “ponto de partida para uma reflexão”. Claro, como quase tudo na vida, discordável. Mas estou no direito de arbitrar alguma coisa sendo que a proposta é minha. Logo o futuro trabalho será predominantemente ponto de partida para uma reflexão. Qual reflexão? Tenho uma estrada. Nela construí certo número de coisas, e terei de construir certo número de outras coisas. Quase tudo acontecerá no tempo. Feito música. Correndo nas rodovias das escalas. Mas como música, terminará no tempo, na ação que lhe revela? Não terminará, pois a tal da performance é mãe.
- mas, mãe do quê?
Mãe de uma instalação. A performance-proto-instalaç ão acontecerá basicamente assim: haverá um cenário, construído para que quem esteja dentro do ambiente possa ter a sensação de que aquele lugar é quase uma habitação. Nele haverá um humano desenhando certas coisas, por certo tempo, dentro de certo contexto. A performance acabará quando o desenho acabar, e o desenho acabará quando o humano desenhador se sentir satisfeito, com seu feito. E terminado o desenho, começará a instalação, sairá o humano e restará apenas os vestígios daquele que disse algo para alguém.
- mas o que você pretende com isso?
Intimamente tenho duas motivações. A primeira é que este trabalho, possa ser um caminho de livre reflexão sobre a comunicação. Por segundo espero que ao menos algumas pessoas percebam que não estão assistindo uma performance, mas sim, estão dentro de uma. Como isso se evidenciará? Talvez nem se evidencie. Não precisa se evidenciar.
A performance começará durante a semana sempre num horário específico, a tratar com os organizadores. Pretendo desenhar umas quatro horas por dia até o final do desenho. E espero que o desenho acabe uns dois dias antes de terminar o período do meu trabalho. E isso para que de tempo para que pessoas possam entrar e experimentar da maneira que quiserem a performance-proto-instalaç ão enquanto: instalação.
Quando o desenho acabará? Quando eu utilizar o giz vermelho.
Confira registros fotográficos por Alessandra Giovanella:
E a performance do artista também resultou em um vídeo. Confira:
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SOBRE O PROJETO:
Club del Dibujo no Espaço Recombinante consiste na combinação de duas propostas participativas no campo das artes visuais com a finalidade de criar um ambiente público e gratuito de experiência artística e educacional, partindo do desenho como elemento suscitador de encontros entre artistas e público interessado.
A ideia insere o “Club del Dibujo” (clube do desenho - http://clubdeldibujo.wordpress.com/club-del-dibujo/) proposta da artista argentina Claudia del Río (Rosário/Argentina), em uma estrutura reformulada do “Espaço Recombinante”, este concebido pelo grupo santa-mariense Sala Dobradiça.
Sendo uma nova situação para ambas as iniciativas, tal combinação vem a promover a prática do desenho de maneira aberta e desmistificada, sendo o Espaço Recombinante preparado internamente como um quadro negro espacial e imersivo, potente para receber imagens ou interferências a partir do giz escolar tanto de artistas convidados como de visitantes.
O projeto conta com o apoio da Arquitetura em Movimento/Clandio Zimmerman e do LAMEN - Laboratório de Metodologia do Ensino do Centro de Educação/UFSM. Tem financiamento Pró-cultura RS/Secretaria da Cultura/Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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